Estado celebra 1 ano da reabertura da Casa de Euclides da Cunha em Cantagalo
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado, e a Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro Anita Mantuano (FUNARJ) convida a todos para o lançamento do projeto ‘Euclides em Foco’ na Casa de Euclides da Cunha.
O evento também celebrará 1 ano da reabertura da Casa de Euclides da Cunha na cidade. No dia 23/6 (domingo), às 15h, haverá shows com Biafra, Dalton e Nico Rezende, além de apresentação do Coro Madrigal do Villa da Escola de Música Villa-Lobos.
Casa de Euclides da Cunha
A Casa de Euclides da Cunha foi reaberta em Cantagalo em junho de 2023, após 12 anos fechada. Criada em 1965 pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, o espaço representa o primeiro centro cultural da cidade.
O cérebro de Euclides da Cunha, conservado em formol, está em Cantagalo, dentro de um relicário guardado em um túmulo dentro museu. Já a ossada do escritor, se encontra num mausoléu do município paulista São José do Rio Pardo, onde morou por três anos e escreveu ‘Os Sertões’, história baseada na Guerra dos Canudos (1896-1897).
Na cidade, a 686 quilômetros de Cantagalo, o escritor também é venerado pela população local. Os despojos de Euclides foram separados em 1983, com a exumação do seu corpo, que estava sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
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Quem foi Euclides?
Euclides da Cunha (1866-1909) foi um importante escritor modernista brasileiro, que atuou também como professor, filósofo, historiador, sociólogo, jornalista, engenheiro e geógrafo.
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha nasceu em Cantagalo (RJ), no dia 20 de janeiro de 1866, na Fazenda Saudade.
Sua mãe, Eudósia Alves Moreira da Cunha, faleceu quando ele tinha apenas 3 anos. Assim, ele foi criado por tios e avós e chegou a morar em Teresópolis, São Fidélis e Rio de Janeiro.
Aos 19 anos, Euclides ingressou na Escola Politécnica onde cursou um ano de Engenharia Civil. Mais tarde, ele ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha sendo expulso.
Forma-se em Engenharia Militar, bacharelando-se também em Matemática e Ciências Físicas e Naturais (1890 a 1892).
Ao afastar-se do exército, muda-se para São Paulo, e passa a colaborar com o jornal O Estado de São Paulo. Nesse momento, é convidado como jornalista a cobrir o conflito de Canudos, no interior da Bahia, em 1897.
Após cinco anos, publica sua obra mais conhecida “Os Sertões” (1902), um relato histórico-ficcional sobre o Arraial de Canudos e a destruição de seu povo.
No ano seguinte, ele foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
Trabalhou durante alguns anos como engenheiro civil até o momento que decide voltar para o Rio de Janeiro. Ali, ele presta concurso para a cadeira de Lógica do Colégio Pedro II, em 1909.
No dia 15 de agosto de 1909, com 43 anos, Euclides da Cunha falece no Rio de Janeiro. Ele foi assassinado pelo suposto amante de sua esposa.