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Cantagalo: Celso Frauches e Júlio Carvalho lançam livro ‘Viajando no Tempo’

“História”, etimologicamente, vem do grego antigo historie ‒ “aquele que vê, que se informa”. Seu surgimento deu-se no século V antes de Cristo (a.C.), nas sociedades ocidentais, mais especificamente, na antiguidade grega. Heródoto teria sido “o pai da história”. Todavia, história remonta a um passado mais remoto.

Cícero (Marco Túlio Cícero – (106. a.C./43, a.C.), advogado, político, escritor, orador e filósofo romano, afirmava que “a história é testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida, anunciadora dos tempos antigos”.

Segundo os autores mais respeitados, a história é o estudo do passado para entender o presente. É o que se propõe o Instituto Mão de Luva, em relação a Cantagalo e Região Serrana Fluminense. O Instituto tem por objetivo resgatar memórias que possam contribuir para a história do Município.

O Instituto Mão de Luva iniciou o seu funcionamento em março de 2021, fundador por Angela Araújo e por mim. Está localizado na rua César Freijanes, 36, térreo, ao lado do Fórum da Comarca de Cantagalo, no centro da cidade.

Temos espaço para guardar documentos históricos e o estúdio do Museu de Imagem e Som de Cantagalo (MISC), para colher depoimentos de personalidades que tenham alguma contribuição para a biografia de cantagalenses e para aumentar o acervo que possa servir à atualização ou correção sobre fatos da história de Cantagalo, desde o povoado iniciado por Manoel Henriques ‒ o Mão de Luva ‒, por volta de 1760, batizado por seu fundador por El-Rey, mais tarde Novas Minas de Cantagalo, São Pedro de Cantagalo e, finalmente, Cantagalo.

Foto 2 - Estúdio do Museu de Imagem e som de Cantagalo (MISC), mantido pelo Instituto Mão Luva. Na foto, o entrevistado é o empresário Jorge Richa.
Estúdio do Museu de Imagem e som de Cantagalo (MISC), mantido pelo Instituto Mão Luva. Na foto, o entrevistado é o empresário Jorge Richa.

O distrito de Novas Minas de Cantagalo, reconhecido em 1806, pertencia ao município de Santo Antônio de Sá, que partia da região de Itaboraí até São Fidélis. Transformou-se em município em 9 de março de 1814, como vila de São Pedro de Cantagalo, elevada à categoria de cidade em 2 de outubro de 1857, datas históricas.

Foto 3 - Mapa dos  Certão ocupado por índios bravos, de 1765.
Mapa dos Certão ocupado por índios bravos, de 1765.

“Garimpando memórias, construindo história” é o nosso slogan. A memória de Cantagalo é mesmo um tesouro, algo muito precioso que precisa de ser garimpado por quem o valoriza e, por isso, quer fazê-lo conhecido e admirado.  E aí entra o Instituto Mão de Luva com seus garimpeiros. Não é de se admirar que muitos andaram cavando chão em busca do tesouro de Mão de Luva. Ele andou escondido, mas nós o encontramos e estamos garimpando para trazê-lo à luz – o tesouro de Mão de Luva é Cantagalo e sua história. E muitos Projetos nos desafiam.  Entre os projetos implementados, o Personalidades de Cantagalo concluiu a sua primeira etapa. Como resultado das pesquisas realizadas entre 2021 e 2022, o Instituto Mão de Luva acaba de publicar o 1º volume da série “Viajando no tempo…”.   

O livro “Viajando no Tempo…”, de minha autoria, em parceria com o amigo Júlio Carvalho (Dr. Júlio Marcos de Souza Carvalho), está dividido em dois capítulos, com a abordagem de personalidades cantagalenses.

No Capítulo I,  o leitor  faz uma viagem no tempo comigo e fica conhecendo um pouco mais de Rogéria – A Notável; Dr. Geraldo – Um ser humano exemplar; Milton Loureiro – Um mestre trovador; Américo Castro – um cantagalense universal; Joaquim Naegele – Um passeio no passado; Os melros não voltam jamais; Água do Toco: mistério e folclore; Coreto e Prof. Baptista; Praça João XXIII – O pulmão de Cantagalo; Amélia Thomaz: versos na Terra e no Céu; Euclides – O esquecido; Honório Peçanha e sua obra; Jovelino d’Azevedo – Um empreendedor à frente de seu tempo; O meu amigo Joãozinho; César Freijanes – Um político à frente de seu tempo; Lafontaine – O Trovador; Ruth Farah – A Trovadora; Zé Vieira: um craque inesquecível; Seo Falcão: um líder natural; Carlos Pereira: uma vida de amor e sons; Ismênia Melo – Preservação da história de S. S. Paraíba; Chapot Prevost – O superesquecido; Bondinho do Pão de Açúcar: um cantagalense na história; Augusto Brandão Filho: um príncipe cantagalense; Acácio Ferreira Dias: jornalista, escritor e historiador cantagalense; Henrique Frauches – O homem, a família e o político; Mão de Luva – Lenda e realidade; Dona Lourdes: um talento de múltiplas habilidades; João Baptista Laper – intendente de Cantagalo; Desenvolvimento de Cantagalo: os esquecidos; Prof. Herdy – Empreendedor educacional e religioso; Cantagalo & suas datas históricas; Heloysio Teixeira: grutas, poesias…; Maria Jacintha: uma cantagalense na dramaturgia; Madalena Tavares: Cordeiro e sua História.

Capa do livro Viajando no tempo...
Capa do livro Viajando no Tempo…

Na viagem no tempo com o amigo Júlio Carvalho – Capítulo 2 −, o leitor terá contato com as histórias de cantagalense ilustres, em A partida do paladino; Adeus, professora; Dr. Edmo Rodrigues Lutterbach; Dr. Lima Rocha; O Bom Pastor; O Português; O filho do português; Os Santos; Pioneiro; Profª Líame Teixeira Carvalho; Rodolpho Albino; Um exemplo de vida; Um Grande Líder Nacional; Reserva ecológica dos Cambucás (Fonte de Renda); A grande escola; O mestre; O Bar do Bilé; O Bar do Janjão; Belíssima história; Euclides e a Amazônia; Ferroviários; Gente de grande valor; Grandes jogos; Homem de visão; Imortal poetisa; Lameira de Andrade; Libaneses; Missão difícil; Nosso jardim; Saudade; O Dia da Consciência Negra; Um grande cantagalense.

Porém há muito mais a se conhecer sobre personalidades ilustres de  nossa terra. Homens e mulheres que tiveram importância a nível nacional e internacional, dos quais a geração atual talvez nunca tenha ouvido falar.  Contudo, conhecendo-os, podemos inspirar-nos e sermos mais ousados em nossos estudos, em nossas atitudes, em nossos sonhos, em nossa busca de realizações…Inspirado em muitos deles, eu mesmo estou realizando agora, em Cantagalo, sonhos e  anseios que permearam meu coração durante grande parte de minha  vida, vivida longe daqui. Nunca é tarde para transformar sonhos em realizações.  Cantagalo merece uma nova geração de homens e mulheres que não nos deixem saudosistas, de jeito nenhum, mas nos animem a lutar, a estudar, a buscar, a ver o que podemos e devemos fazer para que Cantagalo alce voos mais altos, mais corajosos, mais ousados. Nossa terra precisa e merece. Por isso mesmo, a série continua. As pesquisas realizadas neste ano, por mim e o Júlio, vão integrar a segunda etapa de “Viajando no tempo…”, o volume 2, a ser publicado no primeiro trimestre de 2024.

Os leitores do Serra News podem colaborar com as nossas pesquisas, provendo-nos de informações e documentos sobre personalidades que contribuíram para o desenvolvimento socioeconômico de Cantagalo e a região serrana fluminense, de Cachoeiras de Macacu a Itaocara. Disponibilizo os nossos contatos: [email protected] e 22 981833095 (Celso, diretor-presidente), 981157200 (Angela, diretora) e 981409519 (Sérgio, diretor executivo).

Os que quiserem conhecer o Instituto, serão recebidos pelo diretor-executivo, Sérgio de Souza, na rua César Freijanes, 36, térreo, ao lado do Fórum da Comarca de Cantagalo, perto da Praça João XXIII, o pulmão de Cantagalo, de segunda a sexta-feira, das 9 às 11h e das 14 às 17h. São sempre bem-vindos.¨

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