Presídios do RJ terão bloqueadores de celular, wi-fi e drones para conter facções

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que a instalação de bloqueadores de sinal de celular, wi-fi e drones nos presídios do Rio de Janeiro começará ainda este ano. A empresa IMC Tecnologia foi contratada para o serviço, e a prioridade inicial será dez unidades do Complexo de Gericinó, em Bangu, onde estão presos líderes de facções com forte atuação fora dos muros.
Entre as unidades estão presídios que abrigam integrantes do Comando Vermelho, Terceiro Comando Puro, Milícia, Amigos dos Amigos e Povo de Israel. No Presídio Gabriel Ferreira de Castilho, por exemplo, estava Luiz Cláudio Machado, o Marreta, chefe do CV condenado a mais de 133 anos, que comandava crimes de dentro da prisão. Outro nome citado é Rafael Alves, o Peixe, líder do TCP, detido na Penitenciária Esmeraldino Bandeira.
O objetivo da medida é impedir a comunicação de criminosos com comparsas fora das cadeias e reduzir o poder de articulação das facções. Após Bangu, os bloqueadores serão levados para presídios do Grande Niterói e das regiões Norte e Noroeste Fluminense. O Instituto Penal Cândido Mendes não será contemplado por estar previsto para desativação.
O novo sistema promete bloquear 100% dos sinais de telefonia e internet, substituindo os equipamentos atuais, considerados ultrapassados. O contrato, avaliado em até R$ 464 milhões, tem validade de 36 meses. Segundo a secretária Maria Rosa Nebel, a tecnologia foi escolhida para evitar interferências nos bairros próximos. A empresa terá 10 dias úteis para iniciar os trabalhos e até 45 dias por unidade para concluir cada instalação.
Ver essa foto no Instagram