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Setembro Amarelo: não tenha receio de expor a sua vulnerabilidade

Setembro Amarelo é a maior campanha antiestigma do mundo voltada para a prevenção do suicídio. Em 2024, o lema da campanha é “se precisar, peça ajuda!”, reforçando a relevância de falar sobre o assunto e incentivar as pessoas a identificarem os sinais e buscar apoio quando necessário.

A campanha ganhou notoriedade nacional em 2013, por iniciativa do presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva. Após isso, a ABP em parceria com Conselho Federal de Medicina (CFM) tem dado ampla publicidade sobre o tema e conquistado novos parceiros mundialmente.

Embora seja possível observar os esforços da campanha, o suicídio é uma realidade lamentável e acomete o mundo inteiro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil casos por ano. No Brasil, o número chega a aproximadamente 14 mil casos por ano, o que corresponde a 38 suicídios por dia. Ainda conforme a OMS, todos os anos, mais pessoas morrem em consequência do suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.

A OMS destaca também, que a morte por suicídio é considerada evitável e está dentro da Agenda Global dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), onde a meta é até 2030 reduzir em 1/3 a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar da população.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) são fatores de risco associados ao suicídio, como a perda de emprego e/ou dificuldade financeira; abuso e/ou trauma; transtornos mentais; uso de substâncias e barreiras no acesso aos cuidados de saúde. A OPAS destaca também, que a diferença entre os sexos na mortalidade por suicídio é um fenômeno ligado à cultura, o que significa que as expectativas culturais sobre o gênero e o suicídio determinam fortemente tanto a sua existência como a sua magnitude.

As principais medidas de prevenção estão baseadas na implantação e no fortalecimento de políticas públicas com foco na causa, pois o estigma social e a falta de ações de conscientização da população continuam a ser grandes barreiras à procura de ajuda para combater o suicídio. Por outro lado, todos nós, como cidadãos, devemos atuar ativamente em prol dessa causa reforçando a importância da vida e estando aberto a informações para ajudar o próximo.

De fato é importante que as pessoas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e ajudem com empatia tendo uma escuta ativa, sem julgamentos e aconselhem a buscar ajuda dos profissionais específicos, como psiquiatras e psicólogos.

Isolamento, olhar de tristeza, pensamentos ruminantes de forma obsessiva e olhar a vida sem sentido e propósito já são sinais que a pessoa não está bem, portanto já deve compartilhar com seus familiares e buscar ajuda de um profissional. Lembrando que o quanto antes, melhor e mais fácil será para reverter o quadro.

Fundado em São Paulo em 1962, o CVV – Centro de Valorização da Vida é um serviço voluntário gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato. Os atendimentos podem ser feitos pelo telefone 188 (24 horas e sem custo de ligação), por chat, e-mail e pessoalmente.

A sua vida vale muito e você está aqui por um propósito divino, acredite. Conta comigo!

Beijos de luz e sorrisos. Com amor, Aretuza Lattanzi.

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