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Vídeo: Prefeito de Cantagalo faz declarações polêmicas sobre vice-prefeita

O cenário político está conturbado nos últimos anos em Cantagalo (RJ), o que mancha o nome da cidade e impacta negativamente sua comunidade. Em mais um capítulo de conflitos políticos, o prefeito Guga de Paula, desta vez, fez declarações polêmicas sobre a vice-prefeita e pré-candidata à prefeitura, Emanuela Teixeira.

Ao invés de zelar pelo povo, os políticos estão conflitando. Em vídeo gravado no último fim de semana na zona rural da cidade, Guga de Paula agradeceu a população por lhe conferir quatro mandatos de prefeito, disse que não vai apoiar ninguém e fez declarações bombásticas sobre a honra da vice-prefeita, dizendo até que ela é ‘traidora’ e ‘não é confiável’.

“Que escolha o melhor para Cantagalo. […] Eu indiquei o Dr. Júlio para vice-prefeita e ela falou que ele era velho […] Ela me traiu… me traiu três vezes: quando houve o ‘troço’ do CEPERJ, eu chamei ela: ‘Manuela, você nomeou alguém?’, depois fui ver tinha nomeado uma ‘porrada'” – declarou o prefeito.

Enquanto isso, em ano eleitoral, Emanuela toma café pela cidade.
Em ano eleitoral, Emanuela toma café pela cidade.

A redação do portal fez contato com a Ascom da Prefeitura de Cantagalo pedindo nota da vice-prefeita sobre as declarações, bem como deixando o espaço aberto para sua manifestação, mas não obtivemos retorno.

As declarações do prefeito reforçam o nome de Emanuela e sua base aliada no escândalo do CEPERJ no município. Após o episódio, o grupo da vice-prefeita tentou propagar um vídeo antigo, onde Guga de Paula aparece prestando apoio. Entretanto, o prefeito veio a público novamente e desmentiu; assista abaixo.

Na quinta-feira, 27/6, Guga de Paula esteve na rádio 94 FM, onde reforçou todas as declarações feitas por ele nos vídeos que circularam na internet.

O prefeito disse que apoiou a vice no passado e reafirmou que foi traído (veja no vídeo). “[…] Você, Manuela, você é minha vice, é minha prima, o que eu esperava de você é que fizesse uma política igual a minha, sem promessa, sem demagogia, e você está afundando […]” – declarou o prefeito em vídeo.

Durante programa na rádio, ele ainda abordou assuntos sobre a desvinculação do seu partido político, o caso da cavalgada em Euclidelândia, a Comissão Processante que tentou cassar o seu mandato, o transporte público municipal e sobre o caso ocorrido na véspera do Natal passado na Aldeia: “faria de novo” – declarou. (Assista a entrevista na íntegra)

Escândalos envolvendo a vice-prefeita

Recentemente, Emanuela Teixeira usou a Justiça para impedir que um vereador de oposição citasse seu nome na Casa Legislativa, sendo que uma das funções do vereador é justamente fiscalizar os atos do Poder Executivo, além de ter imunidade parlamentar. Em resposta a determinação judicial, o presidente da Câmara usou uma mordaça na tribuna legislativa.

A Constituição Federal de 1988 confere a imunidade material aos vereadores no seu art. 29, VIII. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), os vereadores possuem imunidade material, sendo invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município, ainda que, de algum modo, sejam ofensivas.

Na cidade de Cantagalo, a base aliada da vice-prefeita foi desmantelada após o caso do CEPERJ ganhar repercussão na imprensa. Pessoas do seu grupo político, inclusive, pré-candidatos à vereança atualmente, receberam dinheiro ilícito na boca do caixa do banco, quantia que chega perto de R$ 1 milhão.

Pedido de votos em caderneta digital, configurando crime eleitoral.
Pedido de votos em caderneta digital, configurando crime eleitoral.

Além disso, a vice-prefeita teve sua imagem manchada após a conduta irresponsável do diretor da escola municipal de São Sebastião do Paraíba, aliado político de ‘Manu’, que solicitou votos para o deputado federal Aureo Ribeiro por meio de uma caderneta digital escolar.

Diferentemente da ordem judicial tida como ‘arbitrária’ contra um vereador no exercício do teu mandato, o que configura censura e interferência dos Poderes, a Justiça Eleitoral não se manifestou sobre o suposto crime eleitoral cometido pelo diretor da escola da localidade.

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