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Mortes de peixes no Rio Paraíba do Sul ainda gera dúvidas e preocupações

Após sete meses, desde que peixes da espécie Dourado começaram aparecer mortos no Rio Paraíba do Sul, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão máximo de meio ambiente do Rio de Janeiro, não sabe as causas reais da mortandade.

Uma leitora enviou novos registros feitos no final de novembro, mostrando vários peixes mortos na altura da cidade de Carmo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, inclusive, não somente Dourados foram encontrados mortos, mas também Carpas.

Desde junho deste ano, vários peixes foram encontrados mortos em localidades de São Fidélis, Cantagalo, Cambuci, Itaocara, Campos dos Goytacazes e até em cidades mineiras de divisa com o Rio de Janeiro. Na ocasião, os registros de peixes mortos eram apenas da espécie Dourado (Salminus brasilienses).

Em nota enviada à direção do portal em novembro, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou: “Não há nenhum posicionamento novo dos órgãos ambientais estaduais desde então, visto que o laudo anatomopatológico foi performado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense, que poderá lhes responder a respeito dos resultados.”

A redação tentou contato com a Universidade Estadual do Norte Fluminense, mas não obtivemos retorno. Já o coordenador do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA), órgão da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) do Estado de Minas Gerais, José Alves Pires, apontou que as mortes poderiam estar ligadas ao fenômeno natural inversão térmica.

“A morte dos peixes pode estar ligada ao fenômeno conhecido por ‘inversão térmica’, fato que ocorre nas estações outono/inverno, quando as águas do Rio Paraíba do Sul durante o dia aquece e, ao anoitecer, esfria bruscamente, fato que provoca alteração em alguns casos do nível de oxigênio em pontos do curso d’água, o que atinge diretamente os peixes, os quais precisam de um nível mínimo de 5 ml/L” – disse o especialista.

Fenômeno natural pode ser causa de mortandade de peixes no Rio Paraíba do Sul

Entretanto, moradores e pescadores não acreditam que o fenômeno natural esteja causando a morte de tantos peixes da espécie Dourado, e agora também de outra espécie, durante um extenso período de tempo. Grande parte deles acreditam que as causas das mortes podem estar ligadas á algo bem mais severo, como a poluição ou envenenamento do curso hídrico.

O Rio Paraíba do Sul nasce no Estado de São Paulo, possui 300 km de extensão e seus principais afluentes são os rios Santo Antônio e Carangola. Ele abastece ainda parte dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde aproximadamente 15 milhões de pessoas utilizam a água do rio como fonte de abastecimento humano.

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