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Bebê que foi espancado pelo próprio pai em São Fidélis tem alta do hospital

Esta quarta-feira (9/06) foi uma data especial para a população de São Fidélis, no Norte Fluminense. Durante um pouco mais de dois meses, o município e toda a região, acompanharam a evolução do bebê que foi espancado pelo próprio pai, no início de abril. Foram muitos dias de torcida e orações, além da corrente feita através das redes sociais pela recuperação do pequeno. Ele deixou o hospital, amparado pela família que esteve dando assistência todos os dias, e repassando as notícias da recuperação pelas redes sociais.

O próprio pai de 20 anos confessou ter agredido o filho e disse em depoimento que o fez porque a criança estava chorando demais. Quem ficou com a criança foi o tio, Agnaldo Rangel, que acompanha o quadro médico do pequeno guerreiro. “Momento mais esperado por todos…onde a Dra. Laila (Pediatra) está nos dando a Alta de Dominick…”, comemorou o tio, que ao longo do tempo abasteceu a todos com informações sobre o bebê.

Por causa das lesões por espancamento, o bebê – que tinha apenas dois meses – perdeu o rim direito e metade do esquerdo. A criança foi levada para o hospital de São Fidélis no dia 2 de abril, pelos próprios pais. O casal foi parar na delegacia após a equipe médica do hospital ter constatado lesões corporais visíveis e recentes na criança.

O bebê chegou ao hospital com diversas lesões, como afundamento de crânio, fratura de costelas e mordidas pelo corpo, inclusive em estágios diversos de evolução, o que, segundo a polícia, tende a caracterizar a denominada síndrome de Silverman, ou síndrome da criança espancada.

Ele precisou ser transferido para o Hospital Ferreira Machado, em Campos, onde chegou ficar na UTI em estado grave. De acordo com a Polícia Civil, o próprio pai de 20 anos confessou ter agredido o filho durante depoimento, e disse que o fez porque a criança estava chorando demais.

Antes do pai confessar o crime, a mãe do bebê de 21 anos chegou a dizer que ela e a criança teriam sido sequestradas por homens não identificados, após saírem de casa à procura do marido, que teria saído cedo sem dizer onde ia. Ainda segundo a mãe, os supostos criminosos teriam colocado ela e o bebê em um veículo, onde teriam agredido somente a criança e depois liberado os dois.

A versão, no entanto, foi desmentida pelo marido quando o casal foi separado para prestar depoimento individualmente. Os presos foram autuados em flagrante, o pai pelos crimes de tortura e lesão corporal e a mãe por tortura por omissão.

Bebê agredido pelo pai em São Fidélis recebe alta da UTI após quase dois meses

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