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Natureza #1: Nidificação das aves na primavera e no verão

Abordaremos hoje as nidificações das aves que ocorrem do início da primavera ao final do verão, época de maior atividade destes animais e a época mais propícia para observá-los. Nesse período é que podemos ver rituais de acasalamento de aves como o tangará (Chiroxiphia caudata) e a rendeira (Manacus manacus). Presentes em nossa região, elas são aves dançarinas muto famosas e procuradas, já que o ato de acasalamento consiste em uma dança para impressionar a fêmea durante o cortejo pré nupcial.

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E para que serve um ninho? Além de ser um local para postura e choca de ovos, também serve de proteção para esses e para os filhotes recém nascidos. É sabido que muitas aves escolhem locais específicos e protegidos, para a construção do ninho, para que possa ter assim proteção.

Os ninhos mais famosos da nossa região serrana são os de japu (Psarocolius decumanus), guaxe (Cacicus haemorrhous) – pendurados em árvores, muitas vezes palmeiras, são feitos de fibras vegetais e assumindo a forma de uma longa gota feita de capim seco – e do joão-de-pau (Phacellodomus rufifrons) com ninhos de gravetos, também pendurado em arvores. Essas aves formam uma espécie de comunidade com diversos ninhos e famílias (no caso do joão-de-pau, várias famílias podem ocupar o mesmo ninho).

A escolha desse período não é por acaso: além de ser uma época quente, é quando muitas plantas florescem e frutificam, além de ser a época em que os insetos eclodem – sendo assim, o momento de maior fartura de alimento favorece o acasalamento, época de maior gasto energético para as aves.

Aproveitamos para destacar o fato de que os periquitões, como maracanã-verdadeira (Primolius maracanã) e Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus), entre outros do gênero, formam casais para a vida toda. Assim, se ficarem isolados em cativeiro – situação passível de pena por ser ilegal aprisionar animais silvestres –  podem sofrer, também,  por solidão.

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A prática do chupim (Molothrus bonariensis) é interessante de ser destacada. Ele é um aproveitador de ninhos alheios, depositando seu ovo em meio aos de outras aves, que os chocam e cuidam de seus filhotes Essa atividade pode ser constatada com certa facilidade em nossa região, sendo possível observar algumas aves, como sabiá, alimentando filhotes de chupim como se fossem seus.

Dicas importantes: não interfira de maneira alguma em um ninho; faça os registros com cautela e distância; jamais toque nas aves e se observar um filhote caído, não tente capturá-lo pra cuidar; deixe o filhote caído o mais próximo do ninho, caso o aviste. Em caso de dúvida, procure ajuda de especialistas, veterinários e órgão competentes.

Com atenção e cuidado é possível observas diversos ninhos por aí, basta olhar com atenção e cautela. A beleza está no cuidado dos pais com os filhotes. Agora que já sabe um pouco, ajude a preservar as aves e seus ninhos, neste período que é o mais bonito.

 

 

 

 

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