Nova Friburgo recebe as primeiras Cotas de Reserva Ambiental do Brasil
A RPPN Rio Bonito de Lumiar protege nascentes. Foto: Marcio Isensee e SáO Rio de Janeiro se tornou, no dia 30 de outubro, o primeiro estado do Brasil a emitir uma Cota de Reserva Ambiental (CRA), novo instrumento financeiro que remunera proprietários rurais pela preservação de áreas acima do mínimo exigido por lei. O anúncio foi feito pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
As primeiras CRAs do estado foram emitidas para duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) de Nova Friburgo: Reserva Ecológica Rio Bonito de Lumiar e Canto da Coruja, ambas responsáveis pela proteção de áreas de Mata Atlântica no município. A iniciativa reconhece a conservação voluntária e abre caminho para que proprietários rurais negociem seus ativos ambientais, transformando preservação em fonte de renda.
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“Pela primeira vez, quem protegeu além do que a lei exige será valorizado por isso. Hoje, o Brasil inaugura um novo capítulo da sua história ambiental, e o Rio de Janeiro tem orgulho de ser o estado a escrever as primeiras linhas” – afirmou o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
De acordo com o Governo do Estado, o mecanismo poderá regularizar cerca de 170 mil hectares de passivos de Reserva Legal e reconhecer outros 130 mil hectares de áreas protegidas voluntariamente. A medida posiciona o RJ na liderança nacional da economia verde e de ativos ambientais.
As CRAs serão vinculadas ao Cadastro Ambiental Rural e registradas no mercado financeiro, permitindo negociação entre interessados — inclusive com possibilidade futura de negociação em bolsa de valores. O modelo deve funcionar de forma semelhante aos créditos de descarbonização do RenovaBio.
O monitoramento das áreas será feito pelo estado, com suporte técnico do SFB. Com a iniciativa, o estado reforça sua estratégia de impulsionar investimentos em natureza, estimular a conservação e fortalecer a chamada economia da floresta.





