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Jesus, e não a Virgem Maria, salvou o mundo, afirma o Vaticano

O Vaticano afirmou na terça-feira (4/11) que a Virgem Maria não deve ser considerada corresponsável pela salvação da humanidade. Em novo decreto aprovado pelo papa Leão XIV, o órgão doutrinário da Santa Sé orienta os 1,4 bilhão de católicos a não utilizarem o título de “corredentora” ao se referirem a Maria.

A instrução reforça que somente Jesus Cristo salvou o mundo da condenação, encerrando um debate que atravessou décadas dentro da Igreja e chegou a gerar divergências entre papas recentes.

“Não é apropriado usar o título ‘corredentora’. Esse termo pode causar confusão e desequilíbrio na compreensão da fé cristã”, diz o texto.

A controvérsia gira em torno do papel de Maria no plano da salvação. Embora seja venerada como Mãe de Cristo, teólogos discutem há séculos se ela teria colaborado diretamente com Jesus na redenção da humanidade.

O papa Francisco, falecido em abril deste ano, foi um dos críticos mais contundentes da expressão. Em 2019, classificou a ideia como “tolice” e afirmou que Maria “nunca quis tirar nada de seu filho para si mesma”. Bento XVI também rejeitava o termo. Já João Paulo II chegou a apoiar o uso, mas abandonou a ideia nos anos 1990 após resistência do setor doutrinário da Igreja.

Apesar da restrição ao título, o Vaticano destacou a importância de Maria como intercessora entre Deus e a humanidade. O documento afirma que, ao aceitar ser mãe de Jesus, ela “abriu os portões da Redenção aguardada pela humanidade”.

Segundo o relato bíblico, ao receber do anjo o anúncio de que conceberia o Filho de Deus, Maria respondeu: “Que assim seja”.

Fonte: CNN Brasil

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