Criminosos usam drones para lançar bombas durante megaoperação no Rio
Imagens divulgadas em grupos de WhatsApp. Em uma demonstração inédita de poderio bélico, traficantes do Rio de Janeiro lançaram granadas contra forças especiais da Core e do Bope usando drones, na terça-feira (28/10), durante uma megaoperação no Rio nos complexos do Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que o Governo Federal negou ajuda para operações policiais no RJ e que o estado “estava sozinho” na ação. Esta foi a maior operação da história do Estado, marcada por alta letalidade policial. Pelo menos 50 pessoas foram mortas em violentos tiroteios.
A ofensiva mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com apoio do Ministério Público, para cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, incluindo 30 criminosos de outros estados. O alvo principal é a cúpula da facção responsável por expandir suas atividades dentro e fora do Rio, em um cenário que autoridades têm classificado como narcoterrorismo.
O uso de drones marca uma nova escalada do poder de fogo do crime organizado. Os equipamentos foram usados para lançar cargas explosivas e também como ferramenta de reconhecimento, orientando a ação das quadrilhas. Durante a operação, barricadas foram incendiadas, formando colunas de fumaça visíveis a quilômetros, intensificando o confronto no Rio.
Várias pessoas morreram e pelo menos 80 foram presas, incluindo um operador financeiro da organização criminosa, apontado como membro da cúpula do Comando Vermelho na Penha. Também foram baleados um delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), um cabo do Bope, um morador em situação de rua e outros moradores.
A operação é resultado de mais de um ano de investigação da DRE e tem o objetivo de conter o avanço territorial da facção. Participam agentes de todas as delegacias especializadas, unidades da capital e da Região Metropolitana, além de helicópteros, 32 blindados e veículos de demolição. Como consequência, 45 escolas municipais fecharam, cinco clínicas da família suspenderam atendimentos externos e 12 linhas de ônibus foram desviadas.
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