Retorno da dengue tipo 3 preocupa autoridades no Rio de Janeiro

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro confirmou, na última quinta-feira (9/1), o primeiro caso de dengue tipo 3 no estado desde 2007. A detecção foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ).
O caso envolve uma mulher de 60 anos e está sendo monitorado pela Secretaria Municipal de Saúde. Apesar de dois registros isolados desse sorotipo no ano passado, o vírus tipo 3 não apresenta circulação predominante no estado há mais de 16 anos.
Crescimento do sorotipo 3 no Brasil
O aumento dos casos de dengue tipo 3 tem sido observado em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná, especialmente nas últimas semanas de dezembro de 2024. A preocupação das autoridades é justificada pela baixa imunidade da população contra esse sorotipo, que não circulava de forma significativa no país desde 2008.
Epidemia de dengue no Rio
Em 2024, o Rio de Janeiro enfrentou a maior epidemia de dengue dos últimos dez anos. Foram registrados 111 mil casos na capital, com uma taxa de incidência de 1.756 casos por 100 mil habitantes. Além disso, 21 óbitos foram contabilizados, reforçando a gravidade da situação.
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De acordo com Sílvia Carvalho, superintendente de Emergências e Saúde Pública do estado, o retorno do sorotipo 3 exige atenção redobrada. “O sorotipo 3 é um vírus com características semelhantes aos demais tipos e exige maior vigilância. Por não circular de forma predominante no estado há anos, há maior chance de surtos e aumento no número de casos.”
Alerta e prevenção
Com a chegada do verão e o aumento do período chuvoso, as condições tornam-se favoráveis à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas, como:
- Eliminar focos de água parada.
- Manter caixas d’água e reservatórios bem fechados.
- Usar repelentes, especialmente em áreas de risco.
A população deve ficar atenta aos sintomas, como febre alta, dores no corpo, manchas na pele e náuseas. Em caso de suspeita, é fundamental buscar atendimento médico imediato.
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