Polícia Civil do RJ desarticula quadrilha de fabricação de anabolizantes ilegais

A Polícia Civil do Rio de Janeiro desmantelou um esquema milionário de fabricação e comercialização de anabolizantes clandestinos, que operava sem qualquer fiscalização sanitária. O grupo movimentou mais de R$ 80 milhões e utilizava substâncias tóxicas, como repelentes de insetos, na composição dos produtos, vendidos principalmente por redes sociais e plataformas online.
O esquema
A quadrilha criava marcas falsas para os anabolizantes e investia em estratégias de marketing, como o patrocínio de eventos de fisiculturismo e a contratação de influenciadores digitais. As investigações começaram em junho de 2024 e revelaram a dimensão do esquema.
Os produtos eram comercializados em 26 estados, segundo a delegada Iasminy Vergetti, adjunta da 76ª DP (Centro de Niterói). Entre as marcas — que não têm registro na Anvisa — estão a Next, Thunder Group, Venon, Pharma Bulls, Supreme, Kraft, Phenix e Blank.
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Operação e prisões
Na operação, 16 pessoas foram presas, incluindo o líder do grupo e outros membros da organização. A ação, que contou com o apoio da Polícia Civil do Distrito Federal, resultou no cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.
Ao todo, 23 pessoas foram denunciadas pela fabricação, armazenamento e logística de distribuição dos produtos. O grupo é acusado de associação criminosa, crime contra a saúde pública e crimes contra as relações de consumo. Além disso, a polícia investiga a participação de influenciadores e fisiculturistas que divulgaram os produtos ilegais.