Polícia Federal investiga desvio de verba de merenda escolar em Petrópolis
A Polícia Federal investiga o desvio de dinheiro destinado a alimentação escolar em Petrópolis (RJ). A suspeita é que valores de produtos comprados pela Prefeitura com dinheiro do Governo Federal, tenham sido adulterados. A verba é utilizada para comprar alimentos de produtores rurais da cidade.
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã de terça-feira (16/1), a Operação Farnel, investigando desvios de recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) por parte de uma associação de produtores rurais, com a alteração de planilhas de produtos destinados à merenda escolar entregues por estes no município.
Na investigação, a Polícia Federal observou que representantes da associação lançavam, em planilhas entregues à Prefeitura, valores e quantidade de alimentos divergentes do que realmente foi adquirido dos agricultores associados, além de adulterarem a quantidade e qualidade dos produtos. Também existem indícios de que havia adulteração de informações inseridas em DAPs (declaração de aptidão ao PRONAF), documento necessário para que o agricultor tenha acesso às verbas do PNAE.
A operação foi realizada com o objetivo de aumentar o número de provas já existente, coletando mais elementos que possam compor o montante total de valores desviados, além de revelar eventual participação de servidores públicos nas condutas criminosas que estão sendo investigadas. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos e crimes licitatórios.
Prefeitura se pronuncia
Em nota, a Prefeitura de Petrópolis esclareceu que a operação é referente ao período em que Bernardo Rossi e Hingo Hammes estiveram à frente do município. Além disso, informou que irá abrir uma sindicância e afastar os servidores envolvidos até que a investigação termine.
Hingo Hammes
O ex-prefeito interino Hingo Hammes, também se pronunciou, através das suas redes sociais, e afirmou que a operação é desdobramento da investigação iniciada em 2019, onde em 2021, ele colaborou com a operação, com a realização de vistorias e entrega de documentos. Além disso, pediu para que o atual governo não politize o assunto.