O portal de notícias que mais cresce na serra carioca.

Ex-namorado é condenado a 20 anos de prisão por feminicídio em Sumidouro

Na manhã de segunda-feira (11/09), deu início o Júri Popular do caso da farmacêutica Yasminny Couto Ribeiro, assassinada a tiros na noite de 2/2/2023, aos 28 anos, na porta da sua residência na localidade de Campinas, no município de Sumidouro, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Willian Hottz da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri, no município de Sumidouro, pelos crimes homicídio doloso – quando há intenção de matar por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima – feminicídio e porte ilegal de arma. Ele cumprirá pena de 20 anos e oito meses em regime fechado e ainda R$ 50 mil à família da vítima por reparação de dano.

O Conselho de Sentença, acatou todas as imputações da denúncia e assim a sociedade Sumidourense, mais uma vez indicou não admitir que qualquer violência contra suas mulheres ficará impune e nem se justificará por argumentos tão repugnantes quanto o próprio crime. O condenado foi transferido para sistema prisional.

Feminicídio

Em fevereiro deste ano, o condenado matou a farmacêutica Yasminny Couto Ribeiro, 28 anos, por não aceitar o fim da relação com a ex-namorada. Ele confessou o crime logo após ser capturado, horas após matar a farmacêutica na localidade de Campinas, zona rural de Sumidouro. A vítima foi morta a tiros na porta de sua residência.

Carta da família

“Esta mensagem é para informar a parentes, amigos, conhecidos e a toda comunidade de Sumidouro que o assassino da nossa Yasmminy foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.

Ele foi condenado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima, feminicídio e porte ilegal de arma. Ele ceifou a vida de uma mulher de 28 anos, no auge da sua vida.

O dia de hoje foi cheio de dor e angústia. Foi de choro e saudade. A condenação não trará nossa filha de volta. Ela se foi pois um homem achou ser dono da vida dela. Isso é revoltante.

Nossas vidas foram transformadas e seguirão marcadas por esta tragédia. Rezamos para que seja o início do restante das nossas trajetórias neste mundo, pois, até aqui, fomos enterrados no mesmo dia que a nossa Yasminny.

Agradecemos à promotora Sheila Cristina Vargas Ferreira, do Ministério Público, por levar o caso a julgamento, e à consequentemente condenação, em tempo recorde, após sete meses desse crime bárbaro ter ocorrido.

Assim como agradecemos ao defensor público Rodrigo Pacheco, que serviu como representante da família e assistente de acusação. Sua defesa da memória e honra da nossa filha será lembrada com muito carinho. Uma menção ao Núcleo Especial de Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), que prestou toda assistência psicológica e jurídica logo após o crime.

Que a gente viva para lembrar Yasminny, exalta-la e para seguir fazendo justiça pelo seu nome. Pelo que ela representa. Te amamos, filha. Pra sempre.”

. Nilda Agostinho, mãe de Yasminny
. José Carlos Arruda, padrasto

Ex-namorado confessa ter assassinado farmacêutica em Sumidouro

Veja também
error: Content is protected !!