O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aprovou, de forma quase unânime, a criação de cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias nos processos seletivos de graduação e pós-graduação. A decisão foi tomada na quinta-feira (30/10) e contou com 31 votos favoráveis e apenas uma abstenção.
A nova política de ação afirmativa reserva 2% das vagas para candidatos trans, medida que a instituição classifica como um marco histórico de inclusão e reparação no ensino superior público brasileiro.
O projeto foi desenvolvido pela reitoria ao longo de 2023, em parceria com a Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada), após consultas internas e debates com diferentes setores da comunidade acadêmica.
“Trata-se de um mecanismo de justiça social e reparação diante de um contexto de exclusão”, afirmou o reitor Roberto Medronho durante a sessão do Conselho Universitário (Consuni).
A previsão é que a reserva de vagas já seja aplicada no Sisu (Sistema de Seleção Unificada) de 2025, com ingresso dos primeiros estudantes trans no ano letivo de 2026.
Com a medida, a UFRJ passa a integrar o reduzido grupo de instituições públicas de ensino superior do país que adotam cotas específicas para a população trans.
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