Manifestantes tentam invadir área das autoridades durante protesto na COP30

A COP30, vendida ao mundo como o “símbolo da união pelo planeta”, começou em meio a tensão e confusão em Belém (PA). Na terça-feira (11/11), manifestantes romperam barreiras de segurança e entraram em confronto com agentes privados responsáveis pelo controle de acesso ao local da conferência climática.
De acordo com a Reuters, manifestantes e seguranças ficaram feridos e precisaram ser retirados após o tumulto. Imagens que circulam nas redes sociais mostram empurra-empurra, uso de spray de pimenta e tentativas de invasão pelos portões principais.
O episódio contrasta com o discurso oficial do governo brasileiro e da ONU, que garantiam “segurança total e clima de diálogo”. Na prática, o evento que prega união global começou cercado por muros, credenciais e seguranças armados – e movido a diesel, o mesmo combustível fóssil que promete eliminar.
Fontes da imprensa internacional apontam que os protestos foram motivados pelo custo milionário do evento, pelo fim dos grandes empreendimentos que exploram a Amazônia e violam os territórios tradicionais e pela exclusão de representantes locais e movimentos rurais da pauta oficial.
A organização da COP30 ainda não se pronunciou sobre o episódio. O silêncio oficial gera críticas e amplia o desgaste na imagem da conferência. A imprensa brasileira, presente no local, também não deu destaque aos registros do confronto.
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Custos da COP30
A COP30 já consumiu R$ 775,9 milhões dos cofres públicos, segundo dados obtidos no Portal da Transparência e no Siga Brasil, sistema do Senado Federal que reúne informações sobre planos e orçamentos públicos. Somente os gastos do governo federal podem se aproximar de R$ 1 bilhão, sem contar os recursos adicionais destinados pelos governos estadual e municipal.





