Ministério da Saúde recomenda que população evite consumo de bebidas destiladas
Foto: Reprodução / Vigilância Sanitária de São PauloO ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou na quinta-feira (2/10) que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas destiladas, diante do aumento de casos de intoxicação por metanol no país. Até o momento, o Brasil registrou 59 notificações, sendo 11 confirmadas.
“Na condição de ministro e como médico, a recomendação é que se evite ingerir produto destilado, sobretudo os incolores, que você não tenha absoluta certeza da origem. Não estamos falando de um produto essencial para a vida das pessoas. Não faz problema nenhum na vida de ninguém evitar o consumo”, afirmou Padilha.
O ministro reforçou que a recomendação é direcionada especificamente às bebidas destiladas. Ele explicou que produtos como cerveja apresentam menor risco de adulteração devido às características próprias, como gás e embalagem descartável. “Já tivemos casos de intoxicação em cerveja quando houve falha na produção, mas são situações diferentes”, ressaltou.
Dos 59 casos registrados até agora, 53 ocorreram em São Paulo, 5 em Pernambuco e 1 no Distrito Federal. Uma morte foi confirmada em São Paulo, enquanto outras sete estão em investigação — duas em Pernambuco (João Alfredo e Lajedo) e cinco em São Paulo (dois em São Bernardo do Campo e três na capital).
O metanol é um álcool de uso industrial altamente tóxico quando ingerido. A substância pode afetar fígado, cérebro e nervo óptico, causando cegueira, coma ou até a morte, além de provocar falhas nos pulmões e nos rins. Nos últimos dias, diversos casos de intoxicação foram registrados no país após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.
Diante do aumento de ocorrências consideradas “fora do padrão”, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que vai acionar dez agências reguladoras internacionais para mobilizar produtores de fomepizol e garantir o abastecimento emergencial.
Ver essa foto no Instagram
