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Mais da metade dos trabalhadores brasileiros não consegue manter salário até o fim do mês

Mais da metade (54%) dos trabalhadores brasileiros, tanto os com carteira assinada (CLT) quanto os que atuam como Pessoa Jurídica (PJ), não consegue chegar ao fim do mês com o salário na conta, segundo a pesquisa Saúde Financeira e Bem-Estar do Trabalhador Brasileiro 2025, realizada pela SalaryFits, empresa da Serasa Experian. O índice mostra melhora em relação a 2024, quando 62% dos profissionais enfrentavam essa dificuldade.

O levantamento também indica que apenas 46% dos trabalhadores conseguem manter o salário durante todo o mês, enquanto 49% recorrem a fontes de renda extra, como linhas de crédito, apoio familiar ou trabalhos paralelos, para equilibrar as contas. Há ainda 5% que não chegam ao fim do mês com dinheiro e não possuem alternativas financeiras.

Segundo Délber Lage, CEO da SalaryFits, “para essas pessoas, a inadimplência é um risco real, mas contratar empréstimos com juros menores, como o consignado, ou renegociar dívidas ainda são caminhos efetivos para evitar restrições futuras”.

A pesquisa aponta que apenas dois em cada dez trabalhadores têm controle total sobre suas finanças. Entre os que relatam maior dificuldade estão membros da Geração Z, da Classe C, profissionais PJ e funcionários de empresas menores. Além disso, apenas 25% conseguiriam arcar com uma despesa inesperada de R$ 10 mil, indicando fragilidade na formação de reserva de emergência.

Os principais gastos dos trabalhadores continuam sendo itens essenciais, como alimentação e contas de serviços básicos (energia, água e gás), seguidos por compromissos de médio e longo prazo, como financiamentos, empréstimos, consumo e educação.

De acordo com reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), consumidores têm se mantido pontuais no pagamento de contas básicas, mas aumentam os atrasos em dívidas com bancos, financeiras e prestadores de serviços, alcançando níveis recordes em algumas categorias.

Nos últimos cinco anos, 66% dos entrevistados relataram problemas financeiros, sendo que 17% passam por dificuldades atualmente. No último ano, 33% enfrentaram problemas econômicos e se tornaram negativados.

A pesquisa foi realizada entre maio e junho de 2025, com 1.029 entrevistas em todas as regiões do Brasil, contemplando trabalhadores de 22 a 60 anos, com média de idade de 41 anos, em empresas públicas e privadas, nos regimes CLT e PJ.

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