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Rio de Janeiro está em alerta para casos graves de doenças respiratórias

O Rio de Janeiro é um dos 20 estados brasileiros que apresentam aumento preocupante de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme a mais recente edição do Boletim InfoGripe, da Fiocruz. A publicação destaca que o estado está em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento dos casos no longo prazo.

De acordo com o boletim, divulgado no último dia 22 de maio e referente à Semana Epidemiológica 20 (de 11 a 17 de maio), o RJ tem apresentado crescimento expressivo de SRAG provocada por influenza A e pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Esses vírus têm causado impacto significativo, especialmente entre idosos e crianças pequenas.

A Fiocruz alerta que a Influenza A segue em expansão na maior parte do Brasil, principalmente na região Centro-Sul. Já o VSR continua sendo uma das principais causas de internações em crianças de dois a quatro anos e de mortes entre menores de dois anos. Apesar de haver sinais de desaceleração do VSR em estados como Goiás, Distrito Federal e São Paulo, os níveis de incidência ainda são elevados.

Em nível nacional, 20 das 27 unidades federativas estão com incidência de SRAG em patamares preocupantes. Entre os estados com crescimento expressivo dos casos estão, além do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A capital fluminense também está entre as 16 capitais com nível de atividade de SRAG em alerta ou risco nas últimas semanas.

Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, reforça a importância da vacinação para todas as faixas etárias. “Mesmo quem não está nos grupos prioritários deve procurar a imunização, caso o município tenha ampliado a campanha”, orienta. Ela também recomenda o uso de máscaras em locais fechados e a adoção de medidas de etiqueta respiratória.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os vírus mais presentes entre os casos positivos de SRAG foram o VSR (53,6%) e a influenza A (33,3%). Entre os óbitos registrados no mesmo período, a influenza A lidera com 69,7% dos casos, seguida pelo VSR (13%) e Sars-CoV-2 (8,1%). O cenário reforça a necessidade de atenção da população e das autoridades de saúde para conter o avanço das infecções respiratórias graves no país.

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