Rio de Janeiro retoma fabricação de soros contra animais peçonhentos
Foto: Divulgação / Instituto Vital BrazilO Instituto Vital Brazil (IVB), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, retomou a produção de soros hiperimunes após oito anos de paralisação. A volta ocorre após ampla modernização da unidade e autorização concedida pela Anvisa em outubro. O instituto volta a abastecer o SUS com imunobiológicos como soro antiofídico, antitetânico e antirrábico.
Com investimento estimado entre R$ 30 e 40 milhões, o laboratório passou por reestruturação tecnológica, requalificação de funcionários e modernização de sistemas essenciais à produção. A expectativa é produzir 150 mil ampolas em 2026, com capacidade instalada para até 300 mil por ano.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o Rio de Janeiro registrou 13.555 acidentes com animais peçonhentos nos últimos três anos, resultando em 28 mortes. As aranhas lideram as ocorrências, seguidas por serpentes. Somente a capital contabilizou 635 casos em 2025, até outubro.
A retomada foi comemorada pelo governador Cláudio Castro, que destacou o impacto nacional da produção. O IVB integra o grupo de laboratórios públicos estratégicos que fornecem soros ao Ministério da Saúde, ao lado de instituições como o Instituto Butantan.
Atualmente, o estado conta com 30 unidades habilitadas para aplicar os soros. Na capital, os atendimentos são feitos nos hospitais municipais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e Pedro II, em Santa Cruz. O estado também mantém uma linha direta para emergências.
A produção própria dos soros é considerada fundamental diante do aumento dos acidentes e de falhas pontuais na distribuição. Em abril deste ano, entrou em vigor a Lei 10.727/2025, que torna obrigatória a disponibilidade de soro antiofídico e outros imunobiológicos em todas as unidades de saúde e parques sob gestão estadual.
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