Surto de Febre do Oropouche: Cachoeiras de Macacu lidera casos no RJ
Foto: Mosquito Moruim / DivulgaçãoA Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informou que o estado registrou 461 casos de febre oropouche nos dois primeiros meses deste ano, um aumento expressivo em relação aos 138 casos notificados em 2024. A alta acompanha a tendência nacional, com crescimento de 74% no número de ocorrências da doença no Brasil, conforme relatório do Ministério da Saúde (MS).
Na região serrana do RJ, o destaque é para Cachoeiras de Macacu, que ocupa a liderança estadual com 122 casos confirmados. O município possui 31 localidades afetadas, com Japuíba registrando o maior número (12), seguida por Faraó e Castalha (5 cada) e Campo do Prado (4).
Em Cantagalo, foram confirmados 8 casos, enquanto Nova Friburgo soma 6 registros da doença.
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Situação crítica e medidas de controle
O subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde da SES, Mário Sérgio Ribeiro, esteve em Cachoeiras de Macacu para discutir estratégias de combate à doença. Segundo ele, a SES está trabalhando em conjunto com o município para prevenir e tratar a febre oropouche, além de outras arboviroses, como dengue e chikungunya.
A Secretaria de Saúde reforça a necessidade de prevenção, incluindo o uso de roupas compridas, repelentes, e a adoção de medidas para reduzir a presença do mosquito vetor. A população deve evitar áreas de risco e manter a limpeza de terrenos e criações de animais.
Sintomas e tratamento
A febre oropouche é causada por um arbovírus transmitido pela picada do mosquito moruim (Culicoides paraenses), mas também pode ser transmitido pelo pernilongo comum. Os sintomas incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares e articulares, podendo evoluir para tontura, calafrios, náuseas e manifestações hemorrágicas em casos mais graves.
A orientação das autoridades é para que qualquer pessoa com sintomas procure imediatamente uma unidade de saúde para atendimento adequado.
