PGR arquiva pedido para investigar Moraes e esposa no caso Banco Master
Foto: Hugo Barreto / MetrópolesO procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar o pedido de investigação contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, no caso envolvendo o Banco Master. A decisão foi tomada no sábado (27/12).
A representação havia sido apresentada pelo advogado Enio Martins Murad, que alegava que Moraes teria mantido interlocução com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em suposto benefício aos interesses do Banco Master. Além disso, a esposa do ministro teria contrato de prestação de serviços advocatícios com a instituição financeira.
Em seu despacho, Gonet afirmou que não há elementos que justifiquem a abertura de investigação criminal. Segundo o procurador, os fatos narrados não demonstram, de forma concreta, a prática de crime nem indicam atuação irregular por parte do ministro. Por isso, determinou o arquivamento da representação.
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Caso Banco Master
As investigações sobre o Banco Master ganharam repercussão após a deflagração da Operação Compliance Zero, da Polícia Federal, que apurou um esquema de emissão de títulos de crédito falsos e levou à prisão do empresário Daniel Vorcaro, controlador da instituição financeira. Vorcaro é suspeito de integrar o esquema e responder por crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.
Durante as diligências, foi encontrado um contrato milionário entre o banco e o escritório de advocacia Barci de Moraes, onde atua a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. O acordo, no valor de R$ 129 milhões, previa remuneração mensal de R$ 3,6 milhões entre 2024 e 2027, para prestação de serviços jurídicos e consultivos ao banco em diversas instâncias.
Em meio às apurações, surgiram representações e pedidos políticos para investigar supostas interferências de Alexandre de Moraes, como interlocução com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em favor do Banco Master. No entanto, a Procuradoria‑Geral da República (PGR), comandada por Paulo Gonet, arquivou o pedido de investigação, considerando que não há indícios ou provas concretas de crime ou atuação irregular do ministro ou de sua esposa.





