Mãe denuncia suspeita de abuso sexual contra filho de 15 anos em Macuco

Uma moradora de Macuco tornou pública uma denúncia grave envolvendo o próprio filho, de 15 anos, que teria sido vítima de violência sexual após aceitar uma carona em Cantagalo, na Região Serrana do Rio. O caso, que teria ocorrido no dia 14/10, foi registrado na Polícia Civil e segue sob investigação.
De acordo com o relato da mãe, o adolescente, diagnosticado com TDAH desde os quatro anos, aguardava o ônibus na rodoviária de Cantagalo quando foi abordado por um homem que se apresentou como conhecido da cidade. O suspeito, que seria um religioso e teria trabalhado em uma escola local, ofereceu uma carona ao jovem, dizendo que esperava um sobrinho.
O adolescente aceitou o convite, mas o homem decidiu seguir viagem mesmo sem encontrar o suposto parente. Em vez de seguir diretamente para Macuco, desviou o caminho, informando que passaria antes por Cordeiro e, logo depois, entrou em uma estrada rural em direção à localidade de Douradinho.
Durante o percurso, ainda segundo a denúncia da mãe, o suspeito parou o veículo em determinado ponto e teria se masturbado diante do adolescente, que ficou assustado e tentou se proteger. Na sequência, eles voltaram ao carro e seguiram viagem, e o homem ainda teria mantido atitudes inapropriadas contra o jovem até chegarem ao destino.
Ao deixar o adolescente na rodoviária de Macuco, o suspeito teria entregado uma quantia em dinheiro e pediu que ele não comentasse o ocorrido, marcando inclusive um novo encontro para o dia seguinte.
Transtornado e abalado, o jovem procurou sozinho o Destacamento de Polícia Ostensiva (DPO) de Macuco, onde relatou todo o acontecimento aos policiais e entregou o dinheiro recebido, acreditando que pudesse servir de prova. A mãe foi chamada e encontrou o filho chorando e em estado de choque.
No dia seguinte (15/10), mãe e filho registraram boletim de ocorrência na 154ª Delegacia de Cordeiro. Inconformada, a mulher afirmou que percorreu pontos da cidade em busca de câmeras de segurança, mas sem sucesso. Após revisar o depoimento do filho, recordou detalhes que ele havia mencionado sobre o autor – como a idade, profissão e o fato de ser um religioso – e iniciou buscas nas redes sociais.
Ao mostrar imagens de possíveis suspeitos ao filho, ele reconheceu de imediato o homem. A mãe retornou à delegacia no dia seguinte para complementar o registro e informar a identificação feita.
“Eu não vou descansar enquanto a justiça não for feita. Hoje foi o meu filho, amanhã pode ser outra criança. Um adulto que se cala diante de algo assim é tão culpado quanto o autor do crime”, declarou a mãe em publicação nas redes sociais.
Ela contou ainda que o adolescente está emocionalmente abalado, com medo de frequentar a escola e se sentindo responsável pelo ocorrido. “Dou graças a Deus por não ter acontecido algo ainda pior, mas o trauma já foi causado”, afirmou.
A Polícia Civil informou que o caso está em apuração e que, por envolver um menor de idade, o inquérito corre sob sigilo.
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