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Caso de suposto assédio sexual na Inter TV ganha novos desdobramentos

O suposto caso de assédio sexual que teria sido cometido pelo âncora da Inter TV, Alexandre Kapiche, ganhou novos desdobramentos.

Policiais da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM), de Cabo Frio, estiveram na sede da afiliada da Rede Globo no Rio de Janeiro, na segunda-feira (29/5).

A polícia abriu um inquérito para a apurar denúncias de assédio. O intuito é gerar coragem às supostas vítimas protocolarem queixas na polícia.

Segundo o site F5 do jornal Folha de S.Paulo, Kapiche foi filmado tentando beijar uma colega de trabalho e, aparentemente, sem o consentimento dela. Quatro funcionárias escreveram uma carta aberta denunciando o assédio do apresentador.

A direção de jornalismo da Inter TV decidiu desligar Kapiche após pressão interna. Ele foi demitido na sexta-feira (26/4). A Inter TV e o ex-apresentador da Globo ainda não se pronunciaram publicamente sobre o caso.

Graves denúncias

De acordo com as funcionárias, que escreveram carta aberta, o jornalista abraçava as colegas de forma inadequada e aproveitava a situação para tentar algo a mais com elas.

“Kapiche dava ‘beijos molhados’, esbarrava com suas mãos em partes íntimas e sempre buscava abraçar ou encostar em colegas de trabalho”, diz trecho da carta obtida pelo portal.

“Essas [mulheres], quando reagiam negativamente a suas investidas, eram maltratadas e tinham sua capacidade profissional diminuída por Kapiche”, diz outro trecho.

A carta aberta também informa que várias mulheres pediram demissão da Inter TV com medo de serem assediadas por Kapiche, caso continuassem na emissora. Algumas mulheres teriam procurado ajuda psicológica após o suposto assédio.

As funcionárias da emissora ainda acusaram Rolf Danziger, o diretor de jornalismo, de ser conivente com o comportamento do apresentador. “Com a recorrência dos ataques e a inércia, ou seria complacência, de Rolf Danziger, profissionais da Inter TV começaram a se mobilizar para dar um fim aos abusos de Kapiche”, informa a carta.

Os assédios do apresentador contra as funcionárias ocorrem desde 2022, segundo fontes ouvidas pelo veículo.

Âncora da Inter TV é demitido após grave acusação de assédio sexual

Assédio sexual

O crime de assédio sexual está previsto no artigo 216-A do Código Penal, que o define como “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.

A pena pode variar entre 1 a 2 anos de prisão, podendo ser aumentada em até um terço caso a vítima seja menor de 18 anos. A Polícia Civil investiga o caso e busca esclarecimentos sobre o assunto.

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