Lei Aldir Blanc contempla projeto que transforma óleo em sabão em Cantagalo
Moradores do bairro São José, em Cantagalo, na Região Serrana do Rio, produzem sabão ecológico a partir do óleo de cozinha usado. O projeto gira a economia local e contribui para a preservação do meio ambiente, além de gerar renda direta para quatro famílias do bairro mais populoso de Cantagalo.
O sabão ecológico é produzido por quatro artesãos na sede da Associação de Moradores do Bairro São José. O produto passa por um processo de coleta em comércios e residências. Após ser filtrado, é armazenado. A partir disso, o sabão começa a ser preparado, os produtos homogeneizados e cortados em barras. Após passar por uma secagem e limpeza, está pronto para a venda. Assista o vídeo!
O sabão ecológico é comercializado pelas mulheres do projeto, e cada embalagem contém cinco sabões em barras, que é vendido por R$ 6,00. O sabão já conquistou clientes fiéis e é comercializado na própria comunidade e também comprado por colaboradores de outras localidades. Quem desejar adquirir o sabão ecológico, basta fazer contato pelo (22) 98142-1435 – falar com Regina Célia.
A produção do sabão ecológico no bairro São José, contribui muitíssimo para o meio ambiente, uma vez que evita que centenas de litros de óleo de soja usado vá para os cursos d’água do município de Cantagalo. Para fazer sua doação, basta alocar o seu óleo de soja usado em litros e deixar no portão da sede da Associação – na entrada do bairro.
Você sabia que apenas um litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água? Há especialistas que dizem que esta mesma quantidade de óleo é capaz de contaminar 1 milhão de litros d’água. Isso porque suas substâncias não se dissolvem na água e, quando despejadas nos cursos hídricos, causam descontrole do oxigênio e mortandade de espécies. Em contato com o solo, há contaminação e mais sujeira.
Além do gigantesco dano ambiental, ao lançar o óleo de cozinha na pia, vaso sanitário ou ralo, o resíduo acumula-se nas paredes dos canos e retém outros materiais que passam pelo local. Além de entupimentos, haverá “infarto” do sistema de esgoto com sérios problemas para manutenção das redes e custos mais altos para fazer consertos e reparos.
Por ser considerado de extrema importância, recentemente, os quatro artesãos que compõem o projeto foram contemplados pela Lei Aldir Blanc, através da Secretaria de Cultura, e receberam verba específica que vai contribuir para a continuidade dos trabalhos na comunidade.