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Desmatamento tem relação direta com pandemias, dizem cientistas

Desmatamento tem relação direta com pandemias, dizem cientistas

Um artigo publicado pelo Fórum Econômico Mundial diz que as pandemias, cada vez mais comuns e devastadoras, se devem à destruição das florestas fazendo escapar vírus e doenças que antes não alcançavam as populações humanas. Segundo pesquisa, 31% dos 12.012 surtos em todo mundo entre os anos de 1980 e 2013 estão ligados diretamente a ambientes que foram devastados.

O cálculo é que 65% das doenças que surgiram nas últimas quatro décadas vieram de animais silvestres, seja por caça, comércio ou perda de habitat, que entraram em contato com as pessoas passando doenças que antes estavam restritas à selva. Os cientistas dizem que foi assim com o ébola, zika, Aids e agora com o coronavírus cuja origem mais aceita é que tenha surgido no mercado de Wuhan, na China, que comercializava animais (vivos ou mortos) como morcegos, cobras, civetas, entre outros animais silvestres.

Segundo dados da ONG Renctas, o tráfico de animais silvestres movimenta cerca de US$ 10 a 20 bilhões (entre R$ 52 e R$ 104 bi) em todo o mundo, colocando esse comércio ilegal na posição de terceira maior atividade ilícita do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. E o Brasil participa com 15% desse valor, aproximadamente US$ 900 milhões (cerca de R$ 4,7 bi).

Os especialistas têm insistido que variações climáticas, devastação de habitats, expansão de cultivos, estradas e garimpos em meio a florestas funcionam como gatilhos para surtos viróticos. A mudança no padrão de migração das aves pode ter sido responsável pelos casos de gripe aviária na Ásia. Patos selvagens, que são reservatórios do vírus, por exemplo, tiveram que abdicar de lagos naturais dominados pelos humanos e acabaram pousando em granjas passando a doença para aves domesticadas ou criadas para consumo. As informações são do UOL.

Fonte: Anda

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