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Anvisa autoriza vacina e medicamento contra a varíola dos macacos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação para uso de uma vacina contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento Tecovirimat para o tratamento da doença.

A rápida análise do pedido de autorização da vacina feito pelo Ministério da Saúde, na terça-feira (23/8), foi realizada com os dados informados para as agências europeia (EMA) e norte-americana (FDA) de medicamentos. A dispensa de registro, no entanto, é temporária com validade de seis meses.

A vacina Jynneos/Imvanex da empresa Bavarian Nordic A/S, fabricada na Dinamarca e na Alemanha, já está aprovada nos Estados Unidos e no Canadá. O imunizante é destinado a adultos maiores de 18 anos e possui prazo de validade de 60 meses se conservado entre -60 a -40°C.

Desenvolvido para a varíola tradicional, erradicada nos anos 1980, possui, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma eficácia bastante alta contra a versão atual da doença.

Já o medicamento Tecovirimat foi autorizado na forma de cápsula dura, de uso oral, com concentração de 200mg, com validade de 84 meses.

O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país deve receber em breve o antiviral Tecovirimat. De acordo com pesquisa publicada na revista The Lancet Infectious Disease, o medicamento traz resultados bastante promissores.

Varíola dos macacos

A principal forma de transmissão da varíola dos macacos é por meio do contato direto pessoa a pessoa, chamado de pele a pele. Os sintomas são semelhantes aos observados em pacientes com a varíola comum que foi declarada erradicada em todo o mundo em 1980.

O contágio pode acontecer a partir do contato com lesões cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, pelo toque em objetos, tecidos (roupas, lençóis ou toalhas) e superfícies que foram usadas por alguém com a doença, além do contato com secreções respiratórias.

Medidas de prevenção

O Ministério da Saúde recomenda evitar contato próximo com pessoas com suspeita ou diagnóstico da doença, além da higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel antes de comer ou tocar no rosto como uma medida de prevenção.

Diante de algum sintoma suspeito, as pessoas devem procurar atendimento médico em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação.

Durante a consulta, é importante informar se houve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Com base nesses registros coletados durante a consulta, o especialista poderá fazer o pedido de teste de diagnóstico.

Na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, o Laboratório Exatus oferece o exame para diagnóstico da doença, nas cidades de Bom Jardim, Cantagalo, Cordeiro, Macuco e Trajano de Moraes.

Sintomas da doença

A varíola dos macacos, na maioria dos casos, evolui sem complicações e os sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas.

As manifestações clínicas habitualmente incluem lesões na pele na forma de bolhas ou feridas que podem aparecer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais. No entanto, o surto atual da doença tem apresentado características epidemiológicas diferentes, com sintomas que podem ser bastante discretos.

Na forma mais comum documentada da doença, os sintomas podem surgir a partir do sétimo dia com uma febre súbita e intensa. São comuns sinais como dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e principalmente o aparecimento de inchaço de gânglios, que pode acontecer tanto no pescoço e na região axilar como na parte genital.

Já a manifestação na pele ocorre entre um e três dias após os sintomas iniciais. Os sinais passam por diferentes estágios: mácula (pequenas manchas), pápula (feridas pequenas semelhantes a espinhas), vesícula (pequenas bolhas), pústula (bolha com a presença de pus) e crosta (que são as cascas de cicatrização).

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