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Festas e aglomerações: ‘Vamos pagar com vidas e não serão poucas’

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Em meio ao avanço dos casos e mortes por covid-19, especialistas alertam que os números podem aumentar por conta das confraternizações, festas de fim de ano e aglomerações. Para Chrystina Barros, pesquisadora em saúde do COPPEAD/UFRJ, se o governo não colocar em prática medidas restritivas “contundentes”, “vamos pagar com vidas e não serão poucas. Os números estão subindo e, se não houver nenhuma medida contrária, continuarão subindo e essa conta vai chegar”, enfatiza.

Segundo Alberto Chebabo, médico infectologista do laboratório Bronstein e diretor-médico do Hospital do Fundão, há expectativa de piora do cenário atual neste final de ano e início de 2021. “É bastante provável que em janeiro tenhamos um número maior de casos do que em dezembro. Talvez se estendendo até o final de janeiro, quando devemos começar a ter queda no número de casos. Já que quando atingimos um determinado patamar, com um número grande de pessoas expostas, a tendência é de queda”, explica Chebabo.

Barros avalia que para o fim de dezembro e janeiro, há a possibilidade de que o volume de pessoas infectadas pelo coronavírus seja maior do que no início da pandemia, entre abril e maio. “Isso pode nos trazer um número maior de óbitos”, reforça, acrescentando que mais jovens estão sendo contaminados pela doença.

“Na medida que há uma grande quantidade de jovens, existe, sim, uma maior chance que aumente o número de óbitos entre eles. Quando temos mais casos da doença, surgem as maiores incidências de complicação”, esclarece Barros.

Roberta França, médica geriatra e psiquiatra, pondera que “já imaginamos que o mês de janeiro será caótico. Já estamos sem leitos neste começo de dezembro, com fila de espera, pacientes morrendo por falta de leitos. A chance de um cenário mais dramático no mês de janeiro vai ser gigantesca”, adverte França.

A médica avalia que o país pode amargar um início de ano “catastrófico”, “senão criarmos um plano de ação urgente para tentarmos conter o crescimento vertiginoso dos casos e mortes”, esclarece, concluindo que não há soluções milagrosas diante do que está acontecendo.

Para que 2021 não seja uma retrospectiva deste ano, não esqueça dos cuidados com a higiene e evite aglomerações. Lembre-se que a pandemia não acabou.

Fonte: Jornal O Dia

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