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Natural de Cantagalo, jovem se destaca no basquete em cadeira de rodas

Natural de Cantagalo, jovem se destaca no basquete em cadeira de rodas

Marcus Willian da Costa Mendes, um jovem natural de Cantagalo, que atualmente tem 20 anos de idade e uma história de perseverança que encanta todos a sua volta. Criado pela avó no Bairro Novo Horizonte, o jovem é destaque hoje no cenário do basquete em cadeira de rodas.

Marcus Willian precisou amputar a perna esquerda ainda quando criança. Ele foi diagnosticado com a hemimelia tibial, uma anomalia congênita rara caracterizada por deficiência da tíbia com fíbula relativamente intacta. Mas isso não o impediu de sonhar.

Apesar das dificuldades de locomoção, Marcus sempre esbanjou entusiasmo, felicidade e simpatia por onde passava. As dificuldades da infância não tiravam o seu sorriso do rosto. Todos os dias ele se deslocava de ônibus até o distrito de Santa Rita da Floresta – aproximadamente 18 Km de onde morava – para estudar.

“Quando criança, jogava muita bola no campo do BNH, já cheguei também a participar de campeonatos escolares em Cantagalo. Nunca tive problema com preconceito, até porque eu era uma inspiração pra todos e desde de pequeno cresci com eles”, disse ao Serra News.

Ao longo dos anos, em busca de novas oportunidades no estudo, Marcus Willian se deslocou para Macaé, na Região dos Lagos. Foi quando conheceu o basquete sobre rodas. Conhecido atualmente como Pupilo, o jovem se destaca no cenário do basquete para cadeirantes no Brasil.

basquete 1

Com passagens pelo basquete do Macaé e Andeff RJ, o jovem de apenas 20 anos se destaca atualmente no basquete em cadeiras de rodas do Kings Maringá (PR). Ao Serra News, Marcus Willian conta que teve diversas ajudas para chegar até aqui, principalmente de João Barcelos e Henrique, que o ajudaram muito.

Do campo semi-gramado do Bairro Novo Horizonte em Cantagalo às quadras estruturadas dos campeonatos de basquete em cadeira de rodas. “Nunca imaginei que um dia poderia me tornar um jogador profissional. Sempre sonhei em trabalhar com o esporte, mas nem passava na cabeça um dia ser atleta profissional.”

O jovem jogador ingressou na metade de 2016 no time do Macaé, aonde ficou por cerca de dois anos, até que em 2019, disputou a 1ª divisão em São Paulo pela equipe da Andeff RJ, e em fevereiro de 2020, fechou com o Kings Maringá (PR), aonde permanece até hoje.

“Tenho ao meu lado excelentes jogadores e uma treinadora extraordinária, diante vários sonhos, hoje estou podendo realizar um deles. Nunca desista dos seus sonhos independente das dificuldades da vida, obstáculos são feitos pra nos tornar mais fortes”.

Basquete em cadeira de rodas

Praticado inicialmente por ex-soldados norte-americanos que haviam saído feridos da 2ª Guerra Mundial, o basquete em cadeira de rodas fez parte de todas as edições já realizadas dos Jogos Paraolímpicos. No Brasil, essa modalidade também tem forte presença na história do movimento paraolímpico, sendo a primeira modalidade praticada aqui, a partir de 1958, introduzida por Sérgio Del Grande e Robson Sampaio.

As cadeiras de rodas utilizadas por homens e mulheres são adaptadas e padronizadas pelas regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF). O jogador deve quicar, arremessar ou passar a bola a cada dois toques dados na cadeira. As dimensões da quadra e a altura da cesta seguem o padrão do basquete olímpico.

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