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Neurocientista Thatiana Girolamy ensina gerir o pânico causado pelo coronavírus

Neurocientista Thatiana Girolamy ensina gerir o pânico causado pelo coronavírus

Medo, pânico e pavor são as sensações mais vividas no momento, desde que se instalou toda a pandemia do Coronavírus (COVID-19), no mundo e mais recentemente no país. O vírus iniciado na China, se espalhou e gerou uma corrida por informações e detalhes da doença que abalou o mundo.

Em meio a tantas informações, desinformações e fake news, como superar e vencer esse momento de abalo emocional que estamos vivendo? A situação tomou uma proporção gigantesca e a imediatamente Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou um manual de como lidar em nosso dia a dia e as medidas necessárias para frear o vírus. (link)

Mas em meio a esse turbilhão que estamos vivendo, como gerir nossas emoções e nos mantermos controlados diante da crise epidêmica? A neurocientista Thatiana Girolamy*, que é conhecedora do comportamento humano, conversou comigo e esclareceu sobre como manter a calma e sair desse momento de crise interna.

Experiente no assunto, ela reafirma como ninguém, de que forma podemos gerir as nossas emoções e sentimentos, nesse momento que o nosso sistema nervoso está acelerado, gerando estresse, tensões, medo e pânico. Mas existe uma forma de diminuir o fluxo de estresse e sensações em meio a esse momento?

De acordo com ela é necessário estar presente no aqui e no agora, focar nossas ações no momento presente e nos ancorar e perceber como podemos filtrar as sensações e gerir nossa emoção. “Precisamos criar uma nova realidade dentro da nossa casa, é importante trabalhar com a realidade e criar alternativas nesse período de quarentena, em que é preciso ficar em um período de distanciamento social. Cuidar-se com atividades que podem ser geridas de casa é essencial, e vai gerar um ganho de energia e controle de emoções nesse período”, destaca.

Assim como nos mantermos atentos à realidade, compreender melhor nossas emoções é essencial para que possamos manter a calma e gerir o nosso sistema simpático e parassimpático, que é o freio e acelerador do nosso corpo. Quando não estamos nos controle de nossas emoções, esse sistema fica desregulado gerando uma série de sensações desagradáveis, além de poder evoluir para um quadro mais sério.

Esse estado de adrenalina é prejudicial, pois descontrola o nosso organismo e gera uma deficiência na produção de seretonina, uma vez que é um neurotransmissor que atua no cérebro, estabelecendo comunicação entre as células nervosas, podendo também ser encontrado no sistema digestivo e nas plaquetas do sangue. Pra quem não sabe, a falta de seretonina causa uma grande deficiência ao organismo, pois é responsável pela regulação do humor, sono, apetite, ritmo cardíaco, temperatura corporal. Em níveis baixos ela gera uma série de transtornos, como, ansiedade, depressão, insônia e mau humor.

Mas a boa notícia, de acordo com ela e a OMS, que também nos orienta, é que podemos reverter esse quadro se tomarmos algumas medidas eficazes que são necessárias para o momento, em que temos que ter controle máximo, frente as nossa rotina diária, como:

– Evite ao máximo sair de casa, adie viagens e visitas a idosos;
– Lavar bem as mãos com sabão, várias vezes ao dia;
– Utilize álcool em gel acima de 70%;
– Tenha uma alimentação equilibrada, evite excessos;
– Beba muita água, além de hidratar fortalece a nossa imunidade;
– Tenha foco, mantenha a mente o máximo possível em uma atividade e no momento presente.
-Evite o bombardeio de informações, apesar de ser importante procurar conhecimento, o fluxo constante de notícias gera preocupação e estresse;
– Mantenha uma rotina saudável, medite, faça exercícios em casa;
– Ouça música, ativa sensações prazerosas no cérebro e reduz o estresse;
– Faça exercícios de respiração, nos momento de crise, pessoas ansiosas tendem a ficar com a respiração descontrolada devido ao estresse. A respiração é uma grande aliada no equilíbrio do nosso corpo.
– Não divulgue notícias falsas.

Nesse momento o mais importante é fazer a nossa parte e não deixar que esse isolamento social nos torne depressivos. Precisamos desse período reclusão para nos proteger, assim como as demais pessoas. Então não vamos desperdiçar esse tempo a mais de aprendizado e de oportunidade. Aproveite para fortalecer os laços com amigos e parentes através das redes sociais, já que podemos manter contato a distância com o mundo inteiro.

Mas, é preciso ressaltar que mesmo em reclusão ou caso você tenha tido contato com pessoas que apresentam sintomas do Corona Vírus, informe a secretaria de saúde do seu município e evite o contato com as demais pessoas, utilize máscara e fique em casa, afim de que outras pessoas sejam preservadas e o auxílio chegue até você de forma rápida e efetiva.

Para finalizar é importante ressaltar que de acordo coma Sociedade Brasileira de Infectologia, aproximadamente 80 a 85% dos casos são leves e não necessitam hospitalização, devendo permanecer em isolamento respiratório domiciliar; 15% necessitam internamento hospitalar fora da unidade de terapia intensiva (UTI) e menos de 5% precisam de suporte intensivo.

Nesse momento de união de forças universal, faça a sua parte, já que algumas idades estão em área de risco com o contágio e podem sofrer consequências mais graves com o vírus. A nossa melhor atitude é recuar e proteger quem mais amamos nesse momento!! Que tenhamos fé e força e o mais importante, que possamos ter mais empatia com o próximo.

*Confira o vídeo abaixo com Thatiana Latini Girolamy Kimus – Neurocientista – Neurométrica (Medição do Sistema Nervoso Autonômico e Cognição) – (SBNF- 87929/2019).

https://www.youtube.com/watch?v=4Tjdkmz235U&t=400s

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