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Bico de lacre (Estrilda astrild)

Bico de lacre (Estrilda astrild) - Gabriel Monnerat

Classificação Científica:
Reino: Animmalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Parvordem: Passerida
Família: Estrildidae
Espécie: E. astrild
Nome Científico: Estrilda astrild
Nome em Inglês: Common Waxbill
Estado de Conservação: pouco preocupante

 

Hoje vamos falar do bico de lacre (Estrilda astrild), uma espécie exótica, que veio pela primeira vez para o Brasil, do sul da África, em navios de tráfico de escravo durante o reinado de D. Pedro I. Mais trade, na segunda metade do século XIX, foi reintroduzida no estado de São Paulo, e a partir daí, é provável que tenha sido levada pelo homem para outros estados, já que sua capacidade de voo é reduzida.

Bico de lacre (Estrilda astrild) - Gabriel Monnerat

O indivíduo possui entre 10 a 13 cm e uma característica muito marcante, que é a faixa avermelhada, vindo de seu bico laranja, passando pelos olhos. É uma marca inconfundível. Ambos os sexos são muito semelhantes, mas a mancha que apresentam no rabo é diferente, sendo nos macho negra e nas fêmeas parda escura. Os jovens possuem bicos negros e cores mais opacas, pesando cerca de 10 gramas.

Os filhotes possuem um distintivo morfológico interessante, que é uma protuberância branco-resplandecente, na base do maxilar que refletem a luz, no interior dos ninhos, orientando os pais na hora da alimentação. Tal característica é perdida quando o animal deixa o ninho, mas permanece o desenho, até ficarem adultos.

Sua alimentação é basicamente sementes de gramíneas, principalmente as africanas como: capim-colonião, capim-elefante e capim-gordura, que foram introduzidas no Brasil para pastagem. Costumam formar bandos grandes, onde há concentração dessas gramíneas. Fazem ninhos em arbustos fechados, de forma oval ou esférica, utilizando capim e até mesmo algodão e penas de galinhas. Colocam 3 ovos que são chocados pelo casal por aproximadamente 13 dias.

Habitam campos e terrenos baldios de cidades e estão espalhados por diversas regiões brasileiras, embora ainda não se tenha registro de sua ocorrência em Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. A foto de capa, foi registrada no município de Cordeiro-RJ, onde o ocorrem com certa frequência e abundancia. E volta e meia é visto em terrenos e pastagens.

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Para avistá-lo, basta procurar locais com ocorrência de gramíneas, principalmente em períodos de chuva, onde se desenvolvem com mais abundancia, sendo grande a oferta de alimento. O bico de lacre (Estrilda astrild) pode ser visto junto de outras espécies, conhecidas como “papa capins”, como tizil, coleiro e canário.

Coluna anterior: Carcará (Caracara plancus)

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