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Lente Natural: Pica-pau-verde-barrado (Colaptes melanochloros)

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Classificação Científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Picidae (Leach, 1820)
Espécie: Colaptes melanochloros  (Gmelin, 1788)
Nome em Inglês: Green-barred Woodpecker
Estado de Conservação: Pouco Preocupante


Esta espécie que falaremos hoje é uma das maiores das espécies de pica-pau encontrados no Brasil, medindo cerca de 28 cm. Possuindo uma plumagem esverdeada, tendo na cabeça, a divisão característica entre o vermelho e o preto, e única, com grande área branca em destaque, na região dos olhos. Próximo e sob a luz do sol, é destacado, suas pintas negras, no peito e barriga. Os machos possuem um tom vermelho na base de seus bicos. 

Com diversas adaptações, para comer e se locomover, tendo as penas da cauda como apoio, para subir em troncos, aonde vai pulando, com os pés paralelos e a cada parada “senta” sobre a cauda. Ele produz uma secreção, semelhante a uma cola, que faz com que a língua tenha capacidade de “grudar” o alimento, geralmente cupins e formigas e besouros. Também, se alimenta de frutos carnosos, geralmente no inverno onde a oferta de insetos diminui, podendo até frequentar comedouros. 

Como forma de comunicação, e também, para espantar rivais e ameaças, bate com o bico, semelhante ao bater de tambores, em cascas salientes, troncos ocos e até em chapas de aço, só para produzir rumor. 

Vive em áreas de matas de galerias, cerrados, caatinga, campos de árvores, bordas de florestas. Está cada vez mais visível em áreas urbanas. Tem sua ocorrência, desde a foz do rio Amazonas (ilha de Marajó) até o Rio Grande do Sul, e para oeste até o Mato Grosso. É encontrado também no Paraguai, Argentina e Uruguai.

No período reprodutivo, que se inicia em julho, o macho começa temporada de canto territorial, com vocalização intensa em que pode ficar em um mesmo lugar, por dias e até semanas. Neste período, portanto, é mais fácil avistá-lo. O macho faz cortejo pré-nupcial para a fêmea, que coloca de 2 a 4 ovos brancos brilhantes, e ambos, macho e fêmea, se revesam na encubação. Eles fazem o ninho em cavidades de troncos, troncos secos, cavando-o com a aberdura voltada pra baixo, protegendo do sol e chuva. 

Para quem pretende fotografá-los e observá-los, uma dica é não procurar lugares de matas muito fechadas, ficando bem atento à sua vocalização e principalmente às suas bicadas nos troncos, que podem ser facilmente escutadas e identificadas. É essencial, não fazer movimentos bruscos nem barulho ao se aproximar deles, que não costumam atacar seres humanos, mas podem fazer grande escândalo piando muito alto quando nos aproximamos. Mas sempre rende boas fotos. 

Esta foto de capa foi tirada no Município de Cordeiro-RJ, em um local onde havia um ninho, e portanto, tal aproximação foi fácil, já que o individuo ficou protegendo o ninho e não voou para longe como é comum ocorrer. Essa espécie é altamente protetora de seus ninhos. 



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